Olá! Então, hoje eu vim fazer a minha primeira resenha sobre um livro e resolvi começar com um que eu descobri totalmente por acaso esse ano, chamado ''O Menino Que Via Demônios'' e... Simplesmente foi um daqueles livros que te ganha pela capa e pelo que está escrito na contracapa, mais precisamente foi por esse trecho '' Eu posso ver demônios. Também. Meu melhor amigo é um deles. Ele adora Mozart. Tênis de mesa e pudim de pão.'' E quando li isso eu imaginei que o livro fosse algo um pouco mais voltado para o humor e tudo mais, só que... Eu estava muito enganado, ele apesar de algumas tiragens engraçadas, decididamente não é um livro de humor.
O livro conta a história de Alex Broccoli, um menino de dez anos que vive na Irlanda do Norte e que quando tinha cinco anos de idade, simplesmente descobre que pode ver demônios. E que por sinal não são descritos como uma coisa leve não, até o próprio demônio que o garoto tem como amigo, o Ruen, assume umas formas bem grotescas... Mas ainda assim, ele é praticamente a única companhia que o garoto tem, porque ele é filho único, o pai está desaparecido á anos, a mãe é depressiva e frequentemente tenta se matar, e aí ele acaba se aproximando desse demônio mesmo. O livro é narrado pelo Alex e também por uma mulher chamada Anya Molokova, uma psiquiatra que perdeu sua unica filha, que tinha um caso grave de esquizofrenia e é enviada para ajudar o protagonista. O demônio Ruen entra ainda mais como tema principal da historia, quando Alex em uma das suas conversas com a Anya menciona sobre ele e demônios que ele acredita poder ver. E ao longo dos capítulos narrados por cada um dos dois personagens, fica o conflito psicológico sobre se Alex vê mesmo criaturas sobrenaturais ou se ele tem algum tipo de distúrbio mental causado pelos traumas da sua vida familiar. E finalmente, quando você acha que conseguiu escolher um lado no qual acreditar em meio esse conflito... O próximo capítulo te faz não ter tanta certeza assim...
Como eu tinha dito, o livro tem uma capa que eu achei bem interessante, é uma daquelas que faz o livro parecer um pouco menos ''pesado'' do que ele é, ela é bem simples, cheia de desenhos aleatórios como cebolas, cachorros e notas musicais nas bordas... E que ao longo do livro, dá pra entender que elas não são tão aleatórias quanto parecem ser. Já a autora do livro, a Carolyn Jess-Cook, não é muito conhecida por aqui, mas ela também tem um outro livro publicado que se chama ''Diário do Anjo da Guarda.'' e que já foi traduzido aqui, mas eu nunca cheguei a ler esse outro livro dela e nem mesmo o vi em livraria nenhuma por aqui. se bem ''O Menino Que Via Demônios'' pelo que me pareceu, também não é lá muito conhecido por aqui não e demorei um pouquinho pra encontrar ele... Mas enfim, eu achei ele um livro realmente muito bom, mesmo tocando nesses pontos meio ''sensíveis'' tipo morte, depressão, suicídio e coisas do tipo, e é bem interessante a forma como a escritora faz você ficar em dúvida entre os pontos de vista e tudo mais. O livro tem 383 páginas, não é muito grande, tem uma linguagem bem clara, mesmo quando são os psicólogos falando entre si sobre os casos que tiveram e tudo mais. E se alguém quiser saber, ele foi publicado pela editora Rocco. Bom, então é isso, fica ai a sugestão pra quem quer um livro que ainda tenha o seu lado ''fantasioso'' se passe em um contexto bem realista, ou até mesmo pra quem queira mesmo só ler de curiosidade, como meu caso. Até mais!
